domingo, 14 de fevereiro de 2010

Beija-Flor visita Brasília e sonha com futuro de esperança

O desfile da Beija-Flor no primeiro dia de desfiles do Carnaval 2010 foi uma aposta nos 50 anos de Brasília. Na avenida, a escola realizou uma viagem pela história da capital brasileira. Longe dos mensalões e protestos, a escola optou por privilegiar a audácia dos pioneiros e a esperança no futuro da cidade.



A escola de Nilópolis defendeu o enredo "Brilhante ao sol do novo mundo, Brasília do sonho à realidade, a capital da esperança". A apresentação começou às 4h26 e durou 1 hora e 20 minutos.


Em São Paulo, os 50 anos da capital brasileira foram homenageados pela Tom Maior. Assim como no Anhembi, a política está fora do enredo carioca porque, segundo a escola de Nilópolis, a intenção foi privilegiar a formação do povo brasiliense: a chegada das mais de 55 mil pessoas de todos os cantos do país que formaram o povo mais miscigenado e com a maior quantidade de expressões folclóricas do país.


Depois de três carnavais, o beija-flor, símbolo máximo da azul e branca de Nilópolis, não está presente no abre-alas da escola, mas nem por isso deixa de abrir o desfile da atual vice-campeã do carnaval carioca. O beija-flor surge na comissão de frente, coreografada pela bailarina Ghislayne Cavalcanti.


A escola mostrou em suas fantasias e em seus carros sua experiência de campeã. O tamanho dos carros, nível de acabamento e efeitos de iluminação chamaram a atenção do público. A agremiação fugiu das representações mais simples da cidade e criou carros dedicados a mitos, aos bandeirantes e até mesmo ao Egito, ressaltando alguma ligação deles com a capital.


Animados, os integrantes da escola cantaram o samba, que não chegou a empolgar o público durante a passagem da escola pelo Anhembi.


A Beija-Flor dividiu suas mais de 120 baianas em duas alas para o desfile. Do total, 60 baianas desfilam vestidas de índias para ajudar a contar a história de Brasília. Com fantasias luxuosas, as veteranas da agremiação de Nilópolis mostram que ainda têm fôlego para aguentar os 82 minutos de desfile.


G1

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