domingo, 14 de fevereiro de 2010

Unidos da Tijuca usa truques e efeitos especiais para contar segredos



A Unidos da Tijuca contou a história dos mistérios da humanidade levando diversos segredos e efeitos especiais para a avenida na madrugada desta segunda-feira (15). O desfile teve truques de mágica, “fogo dourado”, carro com mafiosos, personagens de quadrinhos esquiando em plataformas e até uma homenagem ao cantor Michael Jackson.

A escola, terceira a se apresentar na Sapucaí neste primeiro dia de desfiles, com o enredo "É segredo", deixou a Marques de Sapucaí quando o cronômetro marcava 1 hora e 19 minutos. A Tijuca desfilou com seis carros alegóricos e 3,6 mil componentes, divididos em 32 alas.

A escola impressiou logo na comissão de frente. Um camarim gigante montado na avenida desafiou o público a descobrir os truques dos mágicos. Bailarinas usaram o ilusionismo para trocar de roupa em segundos, por ao menos oito vezes a cada execução da coreografia. Os vestidos mudaram de estampa, de tecido e, por fim, formavam, juntos, o nome da Tijuca.



Tudo aconteceu sem que o público descobrisse qual o segredo do truque. Os integrantes da comissão brincaram com mantos que cobriam todo o grupo, revelando outros figurinos. Outras vezes, “tubos de tecido” encobriam cada uma das bailarinas. Num piscar de olhos, elas apareciam com novas roupas. Um camarim gigante com cortinas pretas de onde os integrantes entravam e saiam para realizar mais truques.



Grávida, Adriane Galisteu acompanhou a bateria como rainha. Com uma peruca preta curta, a apresentadora se destacou no grupo em homenagem aos mafiosos e suas reuniões secretas e códigos de honra.. A bateria, com integrantes vestidos com ternos pretos, fez uma paradinha para que um carro antigo passasse pelo caminho, com mafiosos de armas em punho.


No abre-alas, a Tijuca mostrou o mistério do incêndio da biblioteca de Alexandria, instigando o público sobre o que estaria escrito nos papiros que foram queimados. O fogo foi simbolizado com um “efeito especial”: turbinas de ventilador embaixo do carro “sopravam” fios dourados pra cima, criando chamas no carro alegórico. Paredes móveis da biblioteca giravam e revelavam foliões que estavam dentro da estrutura.




Outros mistérios da história também foram contados na avenida, como as minas do Rei Salomão, o cavalo de Tróia e o desaparecimento da Arca Sagrada que guardava os dez mandamentos.



O segundo carro propôs tornar os jardins suspensos da Babilônia uma das sete maravilhas do carnaval e levou plantas naturais para a avenida. Espiões, profecias sobre o fim do mundo, ninjas, mafiosos, heróis de quadrinhos, detetives e hackers desfilaram pela Marquês de Sapucaí.


A escola também lembrou as fórmulas secretas da juventude e os mistérios da natureza, como a transformação de lagartas em borboletas. Chamou a atenção a ala que lembrava o mistério sobre o túmulo de Cleópatra. Escravos egípcios enfileirados puxavam, com cordas, um pequeno carro alegórico em homenagem à rainha.


Na terceira alegoria, os foliões brincaram de arqueologia, vasculhando vestígios dos antepassados. Placas na base do carro giravam, relevando outras faces que simbolizavam resquícios da história.




A identidade secreta de heróis de quadrinhos foi a brincadeira da quarta alegoria. Uma grande plataforma foi usada por fantasiados esquiassem por ela. Inclinada, também foi usada para que homens-aranha a escalassem.


Na ala sobre o mistério do Triângulo das Bermudas, um trocadilho: foliões com triângulos na cintura, onde bermudas estavam penduradas.

No penúltimo carro, extraterrestres se juntaram à área 51, a base militar no deserto de Nevada. Nele, uma homenagem a Michael Jackson, com um sósia fazendo “moonwalk” no carro. “Michael vive em todas as estrelas”, dizia uma placa no carro. Símbolo da escola, um pavão gigante fechou o desfile.

G1


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