O jogador corintiano comparou a experiência com os jogos de futebol. “Foi unânime, a galera toda junta. Quando eu jogo, tem a torcida do Corinthians. Aqui, me senti homenageado pelo povo, que me recebeu, me homenageou com sorrisos e aplausos. Foi indescritível. Nunca espero nada de ninguém. Gosto de ser surpreendido. E o povo de São Paulo tem feito isso comigo constantemente.”
Ronaldo desfilou pelos Gaviões da Fiel no quinto carro da escola, o último a entrar na avenida. Momentos antes do início do desfile, decidiu que precisava fazer xixi. Não titubeou: desceu do carro, e no meio do tumulto de fãs e imprensa, foi ao banheiro mais próximo. “Os caras devem estar querendo me matar”, brincou, referindo-se aos integrantes da escola, que tentaram protegê-lo da multidão.
Quanto a repetir a experiência de desfilar por uma escola de samba, ele afirma apenas: “Este foi o momento, foi importante, fez parte da celebração do centenário. O Corinthians é muito grande, estou descobrindo isso aos poucos. E estou cada vez mais apaixonado.”
Ronaldo chegou ao Sambódromo, no Anhembi, na Zona Norte da capital paulista, por volta da meia noite, todo vestido de branco, traje que usou também no desfile. Ele foi direto para o camarote do Corinthians, onde ficou numa área reservada, acompanhado do presidente do clube, Andrés Sanchez, e dos jogadores Jorge Henrique e Felipe.
De bom humor, fez piada com o horário do desfile dos Gaviões, que entraram na avenida apenas às 3h16. E pediu a letra do samba-enredo para ensaiar um pouco antes de pisar na avenida. Cerca de uma hora depois, visitou também um outro camarote do sambódromo na companhia do também jogador Roberto Carlos, onde ficou por apenas cinco minutos.
Na concentração, Ronaldo chegou cercado por forte esquema de segurança. Atrás dele, uma multidão de fãs. A alegoria "Corinthians: minha vida, minha história, meu amor", na qual veio o jogador, representou "a síntese de todo o sentimento que representa ser um corintiano", de acordo com a escola.
Na entrada do jogador na passarela, muitos integrantes da escola choravam, emocionados. Pouco antes, quando a agremiação iniciou o desfile, fogos de artifício coloriram o céu e bandeirinhas se agitaram nas arquibancadas.
Após o fim do desfile, o atleta foi cercado por jornalistas e por componentes da própria Gaviões da Fiel. Houve confusão, empurra-empurra e ele teve de ser escoltado de volta pela avenida. Os portões só foram abertos novamente, num primeiro momento, apenas para a imprensa, quando o jogador já estava longe.
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