Dorothy foi assassinada em 12 de fevereiro de 2005 com sete tiros em uma estrada de terra próxima ao município de Anapu, no Pará. Ela tinha 73 anos e trabalhava na região com pequenos agricultores que lutam pelo direito à terra e contra a exploração dos grandes fazendeiros da região. A morte da missionária teria sido encomendada porque o trabalho dela contrariava esses interesses.
O caso teve cinco envolvidos: Rayfran Sales, o Fogoió, autor dos disparos; Amair Feijoli da Cunha, intermediário; Clodoaldo Batista, que acompanhou Rayfran no crime; e os dois fazendeiros apontados como mandantes, Taradão e Vitalmiro Moura, o Bida. Todos negam participação no crime, mas quatro deles foram julgados e condenados.
Bida recebeu pena de 30 anos de prisão em um primeiro julgamento, em 2007, mas acabou inocentado no segundo júri, que foi realizado em maio de 2008. A Justiça paraense, entretanto, anulou a absolvição do fazendeiro e, em 2009, decretou nova prisão. Em abril do ano passado, ele conseguiu uma liminar que o mantinha em liberdade, mas, no último dia 4, a medida foi revogada. Dois dias depois, Bida se entregou à Polícia Civil do Pará e permanece preso.
Feijoli e Clodoaldo Batista também estão na cadeia e cumprem pena de 18 e 17 anos de reclusão, respectivamente. Fogoió foi condenado a 27 anos de prisão em dezembro de 2005, passou por mais um julgamento e iria passar por júri popular em dezembro de 2009, mas teve o julgamento cancelado.
Irmã Dorothy iniciou seu ministério no Brasil em 1966 no Estado do Maranhão. Ela atuava na Amazônia desde a década de setenta com trabalhadores rurais da região do Xingu. A missionária lutava pela geração de emprego e de renda com projetos de reflorestamento em áreas degradadas e também queria a diminuição dos conflitos fundiários na região. Antes de morrer, ela foi ameaçada diversas vezes.
- R7
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